A liberdade individual é a maior conquista da humanidade. A possibilidade de escolher seu destino, mesmo que limitada pelas circunstâncias à um leque menos abrangente de opções, é o único meio que o homem possui para se aproximar o máximo possível do que se convencionou chamar de "felicidade".
Há quem discorde. De maneira amena, alguns existencialistas, afirmando o "stress" implícito na escolha, mesmo que alguns deles ainda acreditem ser um preço que vale ser pago.
Entre os críticos mais ferozes da liberdade individual há os que acreditam na força do Estado (não do coletivo, do Estado) e de sua supremacia sobre cada um. No lugar da união natural das individualidades em busca do bem comum, acreditam na burocratização dessa união e no uso de instrumentos como a violência, a doutrinação e a própria estrutura material capitalista para a manutenção do "consenso".
Na história humana, com raras exceções, as sociedades mais bem sucedidas material e culturalmente são as que mais souberam respeitar a liberdade e a individualidade de cada um dos seus membros.
O direito de ser ateu, ou de ter uma religião qualquer; o direito de escolher sua profissão; o direito de manifestar opinião; o direito de se educar e de se informar; as conquistas populares e trabalhistas; os direitos das mulheres; a criminalização do racismo; entre outros, são o lado positivo da civilização ocidental, ainda que estejamos extremamente longe da perfeição. Além disso, o impressionante desenvolvimento dos meios de comunicação, com destaque para a interatividade da internet, permite que grande parcela da população global participe diretamente da produção cultural de massa, subvertendo a realidade observada por Adorno em meados do século XX, quando a indústria cultural possuía caráter estritamente unilateral.
Baseando-se em leis claras e justas, em mecanismos democráticos que garantam o seu respeito e cumprimento e em educação universal de qualidade, qualquer sociedade pode permitir que cada cidadão desenvolva todo o seu potencial, nas funções e com os métodos que melhor lhe convir.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
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Um comentário:
Na verdade eu acredito que a liberdade individual é uma abstração. Ninguém é livre, no sentido de que queremos seguir alguma coisa pré moldada e/ou já existente. Isso é liberdade? Seguir( escolher??) algo que já existe? E por quê? Por mais que possamos escolher, teremos sempre que escolher e o fato de haver o resultado de uma " escolha" já exclui as possibilidades da " liberdade", que na minha opinião é um mito.
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