sábado, 21 de junho de 2008

A morte da política

A morte da política, pelo menos do tipo de política que conhecíamos atés os anos 80/90, é um fenômeno cada vez mais evidente.
Atualmente, na grande mídia, os exemplos se multiplicam.
O locaute (lockout) do agronegócio contra a exportação de grãos e o transporte rodoviário na Argentina, provocado pela tentativa da presidente Cristina Kirchner de aumentar as taxas de exportação de produtos agrícolas, com o argumento de aumentar a oferta no mercado interno, reduzindo os preços, já retirou mais de 30 pontos da popularidade da presidente, e pesquisas indicam que mais da metade dos argentinos acreditam que a falta de carne, pão e arroz no mercado é responsabilidade direta do governo.
Na outra ponta da "geopolítica" do continente, o governo Hugo Chavez, na Venezuela, garante o preço dos alimentos subsidiando os "Mercal" com petrodólares, enquanto critica o "império" em público e garante sua popularidade na base do "panis" (não muito) e do "circenses" (em excesso).
Em ambos os casos a política verdadeira fica de fora, já que nos dois exemplos "fazer política" se resume a equilibrar a ambição dos poucos e a satisfação (mas não muita) dos muitos.
Enquanto isso, na Europa mais "direitista" dos útimos 20 anos, os "nativos" buscam garantir a preservação do seu filão endurecendo as leis de imigração. Talvez estejam certos, em um mundo com, no mínimo, 2 bilhões de pessoas "em excesso", salve-se quem puder.

3 comentários:

Anônimo disse...

Certo.
E você acha, pelos seus conhecimentos prévios, que qual será o resultado? Porque também concordo que a política e a própria estrutura social/econômica/cultural está se alterando nessa " nova ordem", mas é possível prever um futuro( eu não imagina qual seja)

Conrado disse...

Não dá para prever o futuro mas, se existe uma distopia passível de se concretizar, na atual conjuntura a mais provável é a seguinte:
Sem Estado, o "Leviatã" sai do controle e, nesse caso, vigora a lei do mais forte, quem tem força (no nosso modelo isso significa grana) se vira, quem não tem... mais ou menos como na Europa, após a queda de Roma (quando força eram homens e espadas), ou no Oeste dos EUA no século XIX (quando força era um Colt de 6 balas). Depois de um tempo, as coisas se ajeitam e o Modo de Produção se adapta ou é substituído, até lá, como já mencionado: Salve-se quem puder.

Anônimo disse...

Assistindo a um tele jornal vi uma notícia que,a meu ver, se encaixa perfeitamente nesse " caos":
um ladrãozinho foi torturado por " ladrãozões" por não ter pedido autorização para roubar...

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