Parece que, ao tentar se redimir dos erros do passado, o Brasil está demonstrando a imaturidade típica das idades pueris. Afinal, é inquestionável a violência com a qual os impérios ibéricos dominaram os nativos da América, massacrando tribos hostis ou consideradas inúteis e subjugando aqueles que teriam utilidade no trabalho forçado, nas mitas e encomiendas que milhares ou até milhões de vidas ceifaram. Por outro lado, segregar determinado grupo a partir de leis ou demarcações não deixa de ser mais uma forma de confinamento, não tão hostil quanto o manicômio ou o presídio, mas ainda assim merecedora de uma imparcial e profunda análise, para que os erros do passado não voltem travestidos de um humanismo coronelista.
É necessário que o Brasil reveja sua política fundiária como um todo, sem prejuízo para o agronegócio honesto e lucrativo mas que puna as distorções e conceda acesso à terra a todos os agricultores, nativos, negros ou brancos que, por questões históricas, não possuem um chão seu para trabalhar. Se os capitães donatários do século XXI não atendem ao princípio constitucional de que a terra tem uma "responsabilidade social", que sejam punidos. Mas, tratar um pedaço do Brasil como se fosse terra estrangeira e desempregar agricultores pobres para conceder "soberania" aos nativos, em qualquer região do país, é alimentar o preconceito e, repito, segregar determinadas comunidades.
Em tempo: Irresponsáveis os que apóiam atitudes e reações violentas por parte dos nativos, seja do Xingu ou da Serra da Raposa. Isso é tudo o que o "branco" quer. Na hora do "vamos ver", todos sabem quem está mais bem servido de recursos bélicos.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
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Um comentário:
Mas sempre há uma justificativa( vejo mais como desculpa mesmo) palusível por parte do governo que, infelizmente, não toma partido e fica em cima do muro.Nosso ilustre presidente está mais perdido que bala na favela do alemão e concordo amplamente com vc qd diz que uma reforma é necessária, mas acontece que um joga pro outro e ninguém faz nada.
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