Origem do Dia das Mães
A primeira iniciativa para se estabelecer uma data para homenagear as mães em geral foi da escritora Julia Ward Hove que, em 1872, organizou em Boston um encontro de mães dedicado à paz. Porém, a data comemorativa teve sua origem oficial em maio de 1905 quando, no Estado da Virgínia, nos Estados Unidos, Anna Jarvis perdeu sua mãe e passou por uma forte depressão. Em uma iniciativa para consolá-la, suas amigas organizaram uma festa dedicada à todas as mães do mundo.
Após a realização da festa por três anos seguidos, o evento começou a ganhar caráter oficial, sendo que o governador de Virgínia Ocidental, William E.Glasscock, incorporou o dia das mães ao calendário de datas comemorativas em 1810. Logo após a comemoração, o Dia das Mães se difundiu por todo o país. Em 1914, a data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson: dia 9 de maio. Em pouco tempo, o dia das mães passou a ser reconhecido por mais de 40 países.
No Brasil, por iniciativa do presidente Getúlio Vargas, o Dia das Mães passou a ser comemorado todos os anos, no segundo domingo de maio, a partir de 1932.
Os desafios da mãe brasileira
Nos últimos anos, com as mudanças radicais que a sociedade ocidental atravessou, principalmente na segunda metade do século XX, tão importante quanto prestar homenagens às nossas queridas mães, principalmente nessa marcante data comemorativa, é refletirmos sobre a condição da maternidade e seus desafios nos dias em que vivemos.
Para se ter uma idéia da importância crescente das mães nas famílias brasileiras, além de suas já tradicionais “obrigações”, devemos nos atentar para o fato de que cerca de 25% dessas famílias, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são sustentadas pelas mulheres. No perfil dessas mães de família, destaca-se também que apenas 11% puderam cursar o nível superior, ainda que 95% sejam alfabetizadas.
Outro dado importante é que a gravidez está ocorrendo cada vez mais precocemente entre as mulheres brasileiras. Ainda segundo o IBGE, 27% das mulheres brasileiras entre 15 e 24 anos já tiveram ao menos um filho e, ainda nessa faixa etária, 13,8% já tiveram dois filhos.
Complementa essa informação um dado do Unicef (The United Nations Children's Fund) e da OMS (Organização Mundial de Saúde): De cada 1.000 (mil) mulheres brasileiras, 73 são mães entre os 15 e os 19 anos.
Por último, vale destacar que as jovens mulheres/mães brasileiras estão ocupando cada vez mais postos no mercado de trabalho, uma vez que 52% das mulheres entre 15 e 24 anos estão trabalhando em empregos formais no Brasil.
Levando-se em conta esses dados, percebe-se que, ainda preservando o papel de mãe e esposa dedicada, cada vez mais jovem, a mulher brasileira também se torna cada vez mais independente de seus pais e maridos e, muitas vezes, o próprio esteio da família e dos próprios pais, maridos e filhos. Quando isso acontece precocemente e, principalmente, quando não há o apoio do pai que, ao contrário da mãe, tem mais facilidade em fugir da responsabilidade de criar os filhos, a qualidade de vida e a possibilidade de crescimento pessoal e profissional da mulher ficam seriamente comprometidas.
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Um comentário:
Eu, enquanto mulher, penso que nossa maior realização é ser mãe. Parece algo inerente( e o é, se pensarmos biologicamente)
Um dia, quem sabe....
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