A Revolução Industrial significou uma transformação profunda em todos os aspectos da vida humana jamais visto desde a descoberta da agricultura, no início do período paleolítico. A partir dela a economia, a política, a organização social, os valores morais e a produção material humanas se alteraram completamente, obviamente a partir das bases construídas nos aproximadamente 3900 anos de evolução que a prescederam.
Entre essas transformações, algumas muito positivas e outras tantas negativas, um efeito colateral marcante é a necessidade crescente de, para bancar nosso vaidoso consumo e nossa saudável curiosidade científica, queimar literalmente alguns recursos naturais que, talvez em um curto prazo, ou talvez nunca, possam vir a se encontrar em escassez absoluta.
Nesse cenário, em vários aspectos, o Brasil é a peça chave do século XXI.
Cada vez mais petróleo, predomínio dos interesses das grandes corporações produtivas e financeiras na política econômica do país através do inflûenciável e influente Banco Central, potencial agrícola para produção de alimentos e de energia renovável inigualável no mundo, "reserva" natural de enorme potencial na Amazônia, entre outros, são alguns dos elementos que fazem do país a "bola da vez" mundial.
Ainda sobre isso, até mesmo muito antes da citada Revolução Industrial, riqueza e recurso sempre foram alvo da sanha dos já consolidados no status-quo global, aonde, nos últimos 200 anos, o domínio anglo-saxônico "enquadrou" todos os emergentes "indisciplinados".
Que não se pense que o "grande capital", do qual eu nem discordo totalmente (só pontualmente), vá chegar pedindo licença e negociando. O Brasil que se prepare para o que está por vir, pois, na "aldeia global", só rugem os leões saudáveis... e de garras afiadas.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
Manifesto Microsofitiano
Nosso símbolo será o W, com a variante M como alternativa;
Nosso livro sagrado será redigido no Word, pois no começo era o verbo, ou a palavra; e hereges são os "adobistas";
Nossos sermões serão projetados em Power Point;
Nosso guia será o onisciente e onipresente GPS;
Nossa comunhão é Ram;
Nosso templo, um HD;
O céu é Second Life após a morte;
O inferno é GTA, multijogador...
O purgatório nos aguarda em Cash!
Pois o Grande Provedor é o único deus verdadeiro... e Bill, o seu profeta!
Nosso livro sagrado será redigido no Word, pois no começo era o verbo, ou a palavra; e hereges são os "adobistas";
Nossos sermões serão projetados em Power Point;
Nosso guia será o onisciente e onipresente GPS;
Nossa comunhão é Ram;
Nosso templo, um HD;
O céu é Second Life após a morte;
O inferno é GTA, multijogador...
O purgatório nos aguarda em Cash!
Pois o Grande Provedor é o único deus verdadeiro... e Bill, o seu profeta!
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Segregação
Parece que, ao tentar se redimir dos erros do passado, o Brasil está demonstrando a imaturidade típica das idades pueris. Afinal, é inquestionável a violência com a qual os impérios ibéricos dominaram os nativos da América, massacrando tribos hostis ou consideradas inúteis e subjugando aqueles que teriam utilidade no trabalho forçado, nas mitas e encomiendas que milhares ou até milhões de vidas ceifaram. Por outro lado, segregar determinado grupo a partir de leis ou demarcações não deixa de ser mais uma forma de confinamento, não tão hostil quanto o manicômio ou o presídio, mas ainda assim merecedora de uma imparcial e profunda análise, para que os erros do passado não voltem travestidos de um humanismo coronelista.
É necessário que o Brasil reveja sua política fundiária como um todo, sem prejuízo para o agronegócio honesto e lucrativo mas que puna as distorções e conceda acesso à terra a todos os agricultores, nativos, negros ou brancos que, por questões históricas, não possuem um chão seu para trabalhar. Se os capitães donatários do século XXI não atendem ao princípio constitucional de que a terra tem uma "responsabilidade social", que sejam punidos. Mas, tratar um pedaço do Brasil como se fosse terra estrangeira e desempregar agricultores pobres para conceder "soberania" aos nativos, em qualquer região do país, é alimentar o preconceito e, repito, segregar determinadas comunidades.
Em tempo: Irresponsáveis os que apóiam atitudes e reações violentas por parte dos nativos, seja do Xingu ou da Serra da Raposa. Isso é tudo o que o "branco" quer. Na hora do "vamos ver", todos sabem quem está mais bem servido de recursos bélicos.
É necessário que o Brasil reveja sua política fundiária como um todo, sem prejuízo para o agronegócio honesto e lucrativo mas que puna as distorções e conceda acesso à terra a todos os agricultores, nativos, negros ou brancos que, por questões históricas, não possuem um chão seu para trabalhar. Se os capitães donatários do século XXI não atendem ao princípio constitucional de que a terra tem uma "responsabilidade social", que sejam punidos. Mas, tratar um pedaço do Brasil como se fosse terra estrangeira e desempregar agricultores pobres para conceder "soberania" aos nativos, em qualquer região do país, é alimentar o preconceito e, repito, segregar determinadas comunidades.
Em tempo: Irresponsáveis os que apóiam atitudes e reações violentas por parte dos nativos, seja do Xingu ou da Serra da Raposa. Isso é tudo o que o "branco" quer. Na hora do "vamos ver", todos sabem quem está mais bem servido de recursos bélicos.
domingo, 4 de maio de 2008
Dica
O caderno Mais! da Folha de SP desse domingo está inteirinho dedicado à história e análise do Maio de 68. Fundamental para quem viveu o século XX e quer entender a História Contemporânea.
Origem do "Dia das Mães" e desafios da mãe brasileira
Origem do Dia das Mães
A primeira iniciativa para se estabelecer uma data para homenagear as mães em geral foi da escritora Julia Ward Hove que, em 1872, organizou em Boston um encontro de mães dedicado à paz. Porém, a data comemorativa teve sua origem oficial em maio de 1905 quando, no Estado da Virgínia, nos Estados Unidos, Anna Jarvis perdeu sua mãe e passou por uma forte depressão. Em uma iniciativa para consolá-la, suas amigas organizaram uma festa dedicada à todas as mães do mundo.
Após a realização da festa por três anos seguidos, o evento começou a ganhar caráter oficial, sendo que o governador de Virgínia Ocidental, William E.Glasscock, incorporou o dia das mães ao calendário de datas comemorativas em 1810. Logo após a comemoração, o Dia das Mães se difundiu por todo o país. Em 1914, a data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson: dia 9 de maio. Em pouco tempo, o dia das mães passou a ser reconhecido por mais de 40 países.
No Brasil, por iniciativa do presidente Getúlio Vargas, o Dia das Mães passou a ser comemorado todos os anos, no segundo domingo de maio, a partir de 1932.
Os desafios da mãe brasileira
Nos últimos anos, com as mudanças radicais que a sociedade ocidental atravessou, principalmente na segunda metade do século XX, tão importante quanto prestar homenagens às nossas queridas mães, principalmente nessa marcante data comemorativa, é refletirmos sobre a condição da maternidade e seus desafios nos dias em que vivemos.
Para se ter uma idéia da importância crescente das mães nas famílias brasileiras, além de suas já tradicionais “obrigações”, devemos nos atentar para o fato de que cerca de 25% dessas famílias, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são sustentadas pelas mulheres. No perfil dessas mães de família, destaca-se também que apenas 11% puderam cursar o nível superior, ainda que 95% sejam alfabetizadas.
Outro dado importante é que a gravidez está ocorrendo cada vez mais precocemente entre as mulheres brasileiras. Ainda segundo o IBGE, 27% das mulheres brasileiras entre 15 e 24 anos já tiveram ao menos um filho e, ainda nessa faixa etária, 13,8% já tiveram dois filhos.
Complementa essa informação um dado do Unicef (The United Nations Children's Fund) e da OMS (Organização Mundial de Saúde): De cada 1.000 (mil) mulheres brasileiras, 73 são mães entre os 15 e os 19 anos.
Por último, vale destacar que as jovens mulheres/mães brasileiras estão ocupando cada vez mais postos no mercado de trabalho, uma vez que 52% das mulheres entre 15 e 24 anos estão trabalhando em empregos formais no Brasil.
Levando-se em conta esses dados, percebe-se que, ainda preservando o papel de mãe e esposa dedicada, cada vez mais jovem, a mulher brasileira também se torna cada vez mais independente de seus pais e maridos e, muitas vezes, o próprio esteio da família e dos próprios pais, maridos e filhos. Quando isso acontece precocemente e, principalmente, quando não há o apoio do pai que, ao contrário da mãe, tem mais facilidade em fugir da responsabilidade de criar os filhos, a qualidade de vida e a possibilidade de crescimento pessoal e profissional da mulher ficam seriamente comprometidas.
A primeira iniciativa para se estabelecer uma data para homenagear as mães em geral foi da escritora Julia Ward Hove que, em 1872, organizou em Boston um encontro de mães dedicado à paz. Porém, a data comemorativa teve sua origem oficial em maio de 1905 quando, no Estado da Virgínia, nos Estados Unidos, Anna Jarvis perdeu sua mãe e passou por uma forte depressão. Em uma iniciativa para consolá-la, suas amigas organizaram uma festa dedicada à todas as mães do mundo.
Após a realização da festa por três anos seguidos, o evento começou a ganhar caráter oficial, sendo que o governador de Virgínia Ocidental, William E.Glasscock, incorporou o dia das mães ao calendário de datas comemorativas em 1810. Logo após a comemoração, o Dia das Mães se difundiu por todo o país. Em 1914, a data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson: dia 9 de maio. Em pouco tempo, o dia das mães passou a ser reconhecido por mais de 40 países.
No Brasil, por iniciativa do presidente Getúlio Vargas, o Dia das Mães passou a ser comemorado todos os anos, no segundo domingo de maio, a partir de 1932.
Os desafios da mãe brasileira
Nos últimos anos, com as mudanças radicais que a sociedade ocidental atravessou, principalmente na segunda metade do século XX, tão importante quanto prestar homenagens às nossas queridas mães, principalmente nessa marcante data comemorativa, é refletirmos sobre a condição da maternidade e seus desafios nos dias em que vivemos.
Para se ter uma idéia da importância crescente das mães nas famílias brasileiras, além de suas já tradicionais “obrigações”, devemos nos atentar para o fato de que cerca de 25% dessas famílias, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são sustentadas pelas mulheres. No perfil dessas mães de família, destaca-se também que apenas 11% puderam cursar o nível superior, ainda que 95% sejam alfabetizadas.
Outro dado importante é que a gravidez está ocorrendo cada vez mais precocemente entre as mulheres brasileiras. Ainda segundo o IBGE, 27% das mulheres brasileiras entre 15 e 24 anos já tiveram ao menos um filho e, ainda nessa faixa etária, 13,8% já tiveram dois filhos.
Complementa essa informação um dado do Unicef (The United Nations Children's Fund) e da OMS (Organização Mundial de Saúde): De cada 1.000 (mil) mulheres brasileiras, 73 são mães entre os 15 e os 19 anos.
Por último, vale destacar que as jovens mulheres/mães brasileiras estão ocupando cada vez mais postos no mercado de trabalho, uma vez que 52% das mulheres entre 15 e 24 anos estão trabalhando em empregos formais no Brasil.
Levando-se em conta esses dados, percebe-se que, ainda preservando o papel de mãe e esposa dedicada, cada vez mais jovem, a mulher brasileira também se torna cada vez mais independente de seus pais e maridos e, muitas vezes, o próprio esteio da família e dos próprios pais, maridos e filhos. Quando isso acontece precocemente e, principalmente, quando não há o apoio do pai que, ao contrário da mãe, tem mais facilidade em fugir da responsabilidade de criar os filhos, a qualidade de vida e a possibilidade de crescimento pessoal e profissional da mulher ficam seriamente comprometidas.
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