Eu vejo com preocupação o apoio de setores da "esquerda" brasileira à nacionalização das refinarias da Petrobrás na Bolívia, assim como à proposta do novo presidente paraguaio de "renegociar" o preço da energia elétrica de Itaipu.
Assim como o gás da Bolívia não tem valor nenhum abaixo do solo, sem que haja a tecnologia que permite sua prospecção e utilização, Itaipu foi construída graças ao dinheiro nacional e, sem ele, sem o investimento brasileiro, o Paraguai estaria no escuro.
O incômodo maior é que essa mesma esquerda vivia, até bem pouco tempo atrás, a "chorar" a entrega de nossas riquezas ao capital internacional, porém, quando se trata de atender ao populismo latino, se mostra disposta a entregar até as calças.
Os problemas sociais no Brasil são amplos e urgentes, não podemos nos dar ao luxo de atender demandas de vizinhos mal resolvidos e, se eu não posso concordar que empresas de potências estrangeiras venham até aqui tomar o que temos, seja na Amazônia ou no Atlântico, também não posso admitir que o populismo dos hermanos se alavanque na desapropriação indevida dos investimentos feitos em seus países às custas dos impostos pagos pelos brasileiros.
Se o Hugo Chavez se considera no direito de intervir entre o Equador e a Colômbia, enquanto o Bush se considera no direito de intervir no mundo, problema deles (e de suas vítimas), só não nos encham o saco. Se as coisas continuarem desse jeito, em breve estaremos discutindo a retomada da "diplomacia" nos moldes do 2º Reinado. Chamem o Caxias!
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