O apoio ocidental à declaração unilateral de independência de Kosovo em relação à Sérvia é mais um exemplo claro da geopolítica mundial após o colapso do contraponto comunista, entre 1989 e 1991.
O ocidente, liderado pelos EUA, utiliza critérios contraditórios caso a caso de acordo com seus interesses logísticos e estratégicos, vinculados obviamente aos seus interesses econômicos.
Não se trata de concordar com o domínio de uma nação sobre outra ou de um Estado sobre seus vizinhos. O problema é que nem a ONU e nem a OTAN utilizam os mesmo critérios em todos os casos de reivindicações separatistas ou nacionalistas.
Os exemplos são óbvios.
Os organismos internacionais citados jamais concordaram com a possibilidade de separação de Flandres em relação à Bélgica, ou da Catalunha em relação à Espanha, assim como do País Basco, pois ambos os países são seus aliados e interessa mais à comunidade internacional manter os países citados em sua "integridade política e territorial". Outro caso é o de Taiwan em relação à China. O poder econômico e militar chinês força o bloco ocidental ao silêncio, já que não é possível e não interessa o confronto.
No caso da Sérvia, os interesses ocidentais hostilizam declaradamente o país, considerado um obstáculo à integração dos Balcãs ao "mundo ocidental", assim como a Rússia, aliado e "irmão" étnico da Sérvia, além de ser o Estado nacional mais prejudicado com as recentes campanhas coidentais tanto nos Balcãs quanto no Oriente Médio.
As bandeiras americanas hasteadas pelo povo durante as comemorações nas ruas das principais cidades de Kosovo demonstram que o "sonho americano" veio pra ficar. Resta saber até quando a Rússia, com seu passado imperial e imperialista e seu gigantesco arsenal nuclear assistirá calada ao desmanche de sua influência geopolítica no principal quintal dos seus "bons-tempos", a Europa oriental.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
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