segunda-feira, 8 de agosto de 2016
O “ideal olímpico”
O “ideal olímpico” moderno foi formatado no final do século XIX, num contexto geopolítico no qual se fazia necessário criar mecanismos para garantir a manutenção de um modelo que, por motivos políticos, econômicos e, principalmente, ideológicos, estava em decadência. No início do século XX, as duas grandes guerras, o totalitarismo (de direita e de esquerda) e a Crise de 29 foram sintomas dessa decadência, e no pós-2ª Guerra, as duas potências emergentes – EUA e URSS – herdaram o mundo e incorporaram esse ideal como forma de demonstrar sua superioridade global e – mais uma vez – manter a vigência da (nova) ordem, que agora os beneficiava, assim como do status quo derivado dela.
Apesar do atentado terrorista de Munique e dos boicotes nas edições de Moscou e de Los Angeles, os Jogos Olímpicos serviram bem aos propósitos que lhe atribuíram os donos do mundo, pelo menos até bem pouco tempo atrás, antes que tudo começasse novamente a mudar.
Atualmente, num novo ciclo de colapso e renovação da ordem vigente, tenta-se adequar o ideal olímpico aos novos tempos, incorporando pautas como meio ambiente, proteção aos refugiados e redução da desigualdade entre seus valores. Tudo muito belo e positivo, apesar da crescente ameaça do terrorismo, numa nova tentativa de preservação da ordem vigente por aqueles que se beneficiam dela. Se funcionará ou não só o tempo dirá, afinal, as engrenagens da História são irrefreáveis – para o bem e para o mal.
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