quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Política austera

Diversos governos da Europa vêm promovendo cortes significativos nos gastos públicos, embalados por medidas de austeridade fiscal necessárias não somente à sua própria saúde financeira, mas à saúde financeira global. Essas medidas incluem desde a redução do efetivo e do orçamento militar até a redução do número de funcionários públicos, além da revisão da legislação relativa à aposentadoria, seguro desemprego e outros benefícios e direitos sociais.
A postura dos governos de países como Inglaterra, Grécia e França geraram reações muitas vezes violentas por parte de grupos sociais específicos. Na maioria dos casos, essas manifestações exigem que direitos adquiridos e regulamentações tradicionais não sofram modificações que prejudiquem, principalmente, os que mais precisam do amparo do Estado.
Por outro lado, presidentes, primeiros-ministros e ministros argumentam que, sem essas medidas, a falência do Estado se torna eminente, frente às grandes mudanças que a economia e a geopolítica mundial vêm sofrendo.
Esse será o grande desafio dos governantes dos países ricos nas próximas décadas: conciliar austeridade financeira com bem estar social de maneira que não destruam, por si mesmos, nem os cofres públicos nem sua base eleitoral. Muitos analistas consideram essa uma missão impossível.

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