O incentivo explícito, por parte do governo Obama, para que os americanos comprem produtos nacionais, assim como, tanto nos EUA quanto na Europa, as campanhas para que os imigrantes sejam demitidos primeiro em função da crise, ignoram um dos princípios básicos do Estado Liberal: o mérito.
Afinal, cada um tem o direito de comprar o produto que bem entender, baseando-se única e exclusivamente na relação entre qualidade e preço, assim como os patrões devem (ou deveriam) optar, independente da "tribo" a que pertençam, por demitir os "menos produtivos", independente da cor da pele ou do local de nascimento.
Por outro lado, esse fenômeno - de rejeição ao outro, principalmente nos momentos críticos - longe de ser uma exceção, é a regra na História, em ordem decrescente de poder e prestígio étnico ou nacional. Vale destacar que, desde o surgimento do homo-sapiens, a rejeição e a hostilidade com o "estrangeiro" aumentam proporcionalmente à escassez de recursos materiais do território ocupado. E esse talvez seja o aspecto mais nefasto da crise, afinal, crises em si, segundo alguns dos maiores economistas do mundo, ocorrem de tempos em tempos no capitalismo, com menor ou maior intensidade.
Já a xenofobia e o racismo, fantasmas que pareciam ter sido drasticamente enfraquecidos, ainda que não derrotados, após a segunda metade do século XX, parecem agora estar se fortalecendo, alimentados pelo medo da recessão e pelo aparente exagero dos meios de comunicação sobre o tamanho do monstro.
De positivo para nós, brasileiros, fica o seguinte: Parece ser cada vez mais tentador ficar por aqui mesmo, usando os países centrais apenas como destino turístico, e não como meta para novo lar.
Tão óbvio quanto a esfericidade da Terra é a ininterruptibilidade da História, afinal, " tudo o que é sólido se desmancha no ar", ainda que, ao contrário do que pensava o autor da frase, a liberdade seja a principal ferramenta.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
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