segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Múltiplas Consciências

Uma das mais importantes lições para a humanidade no século XX, ainda que não entendida por muitos, é que agregar e melhor que segregar.
Ao longo da História mais remota os sinais dessa lição foram se apresentando nos mais diferentes lugares e momentos, ainda que muitas vezes de maneira sutil.
No caso brasileiro, talvez um dos mais gritantes exemplos seja o da ocupação holandesa ao nordeste brasileiro no século XVII. Durante o domínio holandês, judeus, protestantes e estrangeiros não eram perseguidos e, sendo assim, vinham do mundo inteiro trazendo para cá seu capital e sua força de trabalho, o que proporcionou um dos mais frutíferos momentos na história desse importante estado brasileiro, nas áreas cultural, econômica e científica, sob o comando do conde Maurício de Nassau. Após a demissão de Nassau e a Insurreição Pernambucana, quando os portugueses voltaram ao poder em 1654 e reiniciaram a perseguição e a segregação aos considerados “diferentes”, a economia da região decaiu e, vale destacar, parte dos refugiados migrou para a América do Norte e fundou a cidade de Nova Amsterdã, atualmente conhecida como Nova Iorque.
Nos EUA, que acabaram de eleger Barack Hussein Obama presidente, quase todas as inovações tecnológicas, ainda que viabilizadas por capital norte-americano, são resultado de mentes brilhantes vindas dos mais diferentes cantos do mundo, Europa, América Latina, Ásia, África e Oceania, confirmando que, salvo exceções comentadas neste mesmo blog em outras postagens, os Estados Unidos são o mais universalista e cosmopolita país do mundo.
Um dos casos mais célebres é o de Albert Eisntein, cientista judeu perseguido na Alemanha nazista que, entre outras coisas, deu ao governo americano a base teórica para que, nos anos seguintes, o Projeto Manhattan desenvolvesse a bomba atômica e garantisse a vitória aliada na 2ª Guerra Mundial.
Voltando ao caso brasileiro, talvez poucos saibam, mas, até o início do século XX, os times de futebol do país não aceitavam negros em seus elencos. Tivesse continuado a segregação, e o Brasil e o mundo teriam perdido, entre outros grandes jogadores, um tal Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé.

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