terça-feira, 5 de agosto de 2008

Edis e afins...

Todas as grandes civilizações da História instituíram algum instrumento burocrático com o objetivo de organizar a administração local, viabilizando assim a manutenção da ordem jurídica e administrativa nos seus mais diferentes rincões.
Ao longo da História, o primeiro caso significativo foi o da Pérsia que, durante o governo de Dário I, dividiu o império em “satrápias” (províncias), administradas por funcionários denominados sátrapas e fiscalizadas por homens que recebiam a alcunha de “olhos e ouvidos do rei”.
As províncias romanas também tinham seus administradores locais e, ainda em Roma, surgiram os denominados edis, que eram responsáveis pela administração e pela defesa da lei nas grandes cidades do império, principalmente na própria Roma.
Já na Idade Média, no Reino Franco, que atingia toda a Europa ocidental a partir da Gália (França), Carlos Magno criou os sheriffs, depois denominados condes que, ao lado dos marqueses e duques, defendiam e governavam o reino em nome do imperador, dando início, após a queda da dinastia de Carlos Magno (Carolíngia) à nobreza feudal européia.
No Brasil, já no primeiro século da colonização (XVI), baseado na legislação portuguesa, o rei criou as câmaras municipais que, compostas por representantes da elite latifundiária, denominados “homens-bons”, eram responsáveis pela administração das vilas e municípios.
Hoje, são os vereadores municipais que exercem esse papel nos municípios brasileiros.
Tão importante quanto a escolha do próximo prefeito é a escolha dos homens e mulheres que exercerão o cargo de vereador nos municípios brasileiros entre 2009 e 2012, afinal, legislando e aprovando ou reprovando as propostas do executivo municipal, o poder legislativo também é responsável pelo que acontece em uma administração pública.

Nenhum comentário:

República Verde-Oliva

Na hipótese de que o anseio da parcela mais radicalmente à direita da sociedade brasileira seja atendido, não seria a primeira vez que u...