domingo, 15 de junho de 2008

poesia

A poesia não é minha forma predileta de palavra escrita. Aliás, gosto muito pouco desse "estilo".
Sendo assim, quando alguma delas me pega, me pega de jeito.
Essa é de Maiakóvski, e me pegou de jeito entre um litro e outro de vinho chapinha e vodka polára, nos idos dos 90, quando eu ainda tinha cabelos e eles apontavam para o céu no tom do coturno preto...

EU

Nas calçadas pisadas de minha alma
passadas de loucos estalam
calcâneo de frases ásperas
Onde forcas esganam cidades
e em nós de nuvens coagulam
pescoço de torres oblíquas

soluçando eu avanço
por vias que se encruzilham
à vista de crucifixos
polícias

(tradução: Haroldo de Campos)

2 comentários:

Anônimo disse...

absurdamente contemporânea.

Unknown disse...

"...entre um litro e outro de vinho chapinha e vodka polára..."
Deve te dado uma dor de cabeça ein... não foi facil.

Viw Parabéns pelo debate, show de bola... deu pra sentir mais o que os estudantes passaram e viveram naquela época.

Precisamos fazer um sobre a vinda da familia real para o brasil, (fazem anos 200 anos ?! ).

Mais parabenss de novo...
té mais teacher...
abraçoosss

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